ARTIGO
DE OPINIÃO
Analisando a declaração da Organização Mundial de
Saúde, “doenças tropicais negligenciadas afetam 'silenciosamente' 1 bilhão de
pessoas.”
Entre as doenças
negligenciadas está a Dengue, e esta negligencia afeta profundamente
o Brasil.
Algumas das principais Doenças Tropicais Negligenciadas
são: Chagas, Hanseníase (lepra), e a Leishmaniose, ainda afetam cerca de 1
bilhão de pessoas em 149 países do mundo, mas de forma "silenciosa",
segundo relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
No relatório o Brasil aparece com incidência
da maioria das 17 doenças tropicais apontadas na lista.
Patologias que podem causar graves problemas,
e muitos pacientes vãos a óbito pela falta de atendimento, e medicamentos.
Mesmo sendo patologias graves elas podem e
devem ser controladas. Este controle inicia com a eliminação do vetor da Dengue
(Aedes aegpyti), da Leishmaniose (Flebótomo), Chagas (barbeiros).
A Hanseníase requer busca ativa de pacientes,
tratamento monitorado, para controlar a doença ainda no início.
A Leishmaniose desde 1999 vem agindo silenciosamente,
atingindo não só a área rural, mas também a zona urbana, com um aumento
desenfreado do vetor, pela falta de ações de controle, abandonado pelo Governo
Federal, que transferiu a responsabilidade aos Estados e Municípios. Sem esquecermos
que este vetor transmite também a letal bactéria da Febre de La Oroya
(Bartonelose bacilliformis).
Apesar dos funcionários da extinta SUCAN permanecerem à disposição dos
municípios o conhecimento destes servidores sobre uso adequado dos inseticidas
no controle de vetores não foi aproveitado, pessoalmente acredito que estes
servidores (os mais capacitados) deveria trabalhar no treinamento e capacitação
de novos agentes. Atualmente a maioria destes servidores atua como motorista
nas secretarias de saúde!
E na função de controle estão funcionários
municipais sem um real treinamento, sem a orientação de, pelo menos, um
engenheiro agrônomo, que possui amplo conhecimento em inseticidas.
Torna-se urgente a necessidade da OMS-
Organização Mundial de Saúde, do MS - Ministério da Saúde, da OPAS- Organização
Pan-Americana de Saúde deixarem de lado interesses e partirem para uma ação
global de controle de vetores!
É sempre evidente que a prioridade principal
não tem sido a saúde da população...
Atualmente só um drástico e bem elaborado
controle químico poderá deter patologias como a Dengue, a Leishmaniose, Chagas,
Elefantíase, Malária!
Beatriz Antonieta Lopes
Bióloga graduada pela UFMT
Curso em Entomologia Médica- FIOCRUZ
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