sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS PROVOCADAS PELA DENGUE

Existem alguns fatores, que parecem estar ligados nas manifestações hemorrágicas provocadas pela dengue: uma segunda infecção; o uso de medicamentos incidentes na alteração da coagulação sanguínea ou uso indevido de remédios através da automedicação.
O indivíduo que já teve dengue anteriormente, ou “virose” (a usual definição bastante indefinida, para toda e qualquer patologia febril, muito utilizada por alguns médicos); a falta de exames específicos – sorologias e isolamento viral – para confirmar ou descartar a infecção por dengue e que, segundo se sabe, não atinge a totalidade dos casos suspeitos, além de gerar a subnotificação causa prejuízos ao município, pois as verbas ficam defasadas em seu repasse, devido a essa má prática dos serviços de saúde.
Essa prática, que gera a subnotificação, não só camufla os dados locais como subtrai números importantes das estatísticas do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde - OMS.
A DOENÇA
As formas mais graves dela incluem a síndrome do choque por dengue e a dengue hemorrágica. O choque é decorrente de importante alteração da permeabilidade capilar e grande extravasamento de plasma para sítios extravasculares, e está associado ao rompimento dos capilares sanguíneos.
Reações superficiais na pele são visíveis e são denominadas pela população de “estar com a pele toda empolada”; isto é, nada mais nada menos, que capilares sanguíneos rompidos com pequenas (ou importantes) hemorragias em andamento.
Os de maior gravidade são os processos hemorrágicos envolvendo as vísceras, fato que exige internação hospitalar e cuidados médicos intensivo. Esclarecendo melhor, vísceras, significam os órgãos que ficam nas cavidades do tórax e do abdômen, como pulmões, fígado, baço, rins, estômago e intestinos – grosso e delgado; e, elas pertencem aos sistemas respiratório, digestivo e urinário.
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O aumento da fragilidade vascular é, provavelmente, decorrente da ação direta do vírus, mas pode também envolver pacientes cardíacos que necessitem fazer uso de antitrombóticos. No caso que envolver cardiopatas com dengue, torna-se essencial o acompanhamento do cardiologista.
A circulação do vírus da dengue em nosso meio já tem 20 anos e, durante esses anos, alguns tiveram a patologia 1, 2, 3 e, até, 4 vezes (raros). Outros estão tendo a doença pela 2ª ou 3ª vez.
Reações de maior intensidade costumam ocorrer durante a segunda infecção, supostamente envolvendo ação do sistema imunológico destruindo o vírus invasor e voltando-se contra as próprias células devido ao registro da infecção primariamente ocorrida.
Trata-se de um conceito importante no qual o organismo é capaz de reconhecer e destruir o antígeno invasor, desencadeando uma “cascata” de reações no organismo, o que requer cuidados intensivos.
A Saúde Pública bem preparada pode determinar a boa evolução do quadro... Apesar de ser apenas caso de medicina curativa! O importante mesmo será a conscientização para a atuação da Vigilância Epidemiológica em ações concretas de eliminação do vetor, sem “circo”, sem oba-oba, dia ‘D’ ou outras ações ineficientes, que acontecem anualmente pelo Brasil afora.

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