A população, assustada e preocupada (já há bastante tempo), com a DENGUE e com a inércia da Saúde Pública, corre ao supermercado e adquire produtos químicos denominados pelo fabricante como ‘inseticidas’, alguns destes chegam a colocar na lata EFICAZ PARA O MOSQUITO DA DENGUE... O que não é verdade! O produto não mata o inseto, apenas afasta temporariamente!
Estes produtos, todos de preço elevado, disponíveis ao consumidor, TODOS possuem o mesmo princípio ativo: Permetrina. Uma grande variedade de rótulos, embalagens e tamanhos! O consumidor desavisado e sem experiência a respeito dos químicos, vai analisar apresentação da embalagem, visual do produto, preço, e descrição de indicações do produto (embora todos possuam o mesmo princípio ativo).
Alguns fabricantes costumam colocar em destaque, na embalagem: “EFICAZ CONTRA O MOSQUITO DA DENGUE”, A Permetrina tem ação repelente, não é inseticida. Apenas espanta o inseto de um local para o outro, temporariamente.
É importante uma fiscalização tanto do PROCON quanto da ANVISA – Vigilância Sanitária, pois, além de não eliminar os insetos o produto químico é bastante tóxico tanto para pessoas como para animais, e NÃO ELIMINA O VETOR!
O correto seria uma rigorosa investigação junto ao Ministério da Saúde que, não só utiliza tais produtos, adquire e repassa para os estados e municípios... O que está por trás disto?
Por que, ao analisarmos as explosivas epidemias que ocorrem em praticamente todos os estados brasileiros, fica uma pergunta: POR QUÊ?
A ineficácia está comprovada! E não venha justificar ou quer dizer “que o mosquito adquiriu resistência”! O produto não é indicado para insetos alados, isto é, possuem asas e voam! É indicado para insetos rasteiros, que andam! Qualquer engenheiro agrônomo, que possui vasto conhecimento nesta área pode atestar isto!
Algumas pessoas que se intitulam técnicos afirmam que o uso do Malathion ou Fenitrothion (ambos organofosforados) é considerado prejudicial à saúde das pessoas e dos animais. Ocorre que este produto é indicado pela Organização Mundial de Saúde – OMS e pelo Ministério da Saúde – MS., foi eficaz ao longos dos anos que foi corretamente empregado, conseguiu acabar com a Febre Amarela/Dengue, controlou a Malária, a Leishmaniose... Pergunto:
1- Não é mais ‘prejudicial’ ter DENGUE?
2- E risco da DENGUE HEMORRÁGICA?
3- E morrer devido a DENGUE, não é prejudicial?
4- Se o organofosforados é prejudicial, por que é colocado na caixa d’água que as famílias bebem? (larvicida).
Vou esclarecer novamente: No projeto proposto ao município, “UMA CIDADE SEM DENGUE” está bastante claro Como, Quando, Época e Procedimentos corretos, tal proposta visa uma população saudável, livre do risco desta grave doença viral, a DENGUE.
Os contrários ao uso do fumacê e do Malathion devem ter grandes interesses (seriam os fabricantes dos piretróides?
Por que não questionam eles as toneladas de agrotóxicos despejadas nas lavouras? E que nós iremos ingerir acumuladas nos alimentos? Por que se calam?
(pegar a revista)
Por que comemos frangos cheio de hormônios e outros produtos?
E a carne bovina? E o leite? Isto pode? Sei, envolve “dinheiro grande”...
E a população? Ah, deixa o povo que se dane! Então, não bastassem às doenças adquiridas se alimentando com produtos repletos de agrotóxicos, aparecem “os que acham” que usar inseticidas para eliminar os vetores patogênicos ao homem, insetos que transmitem diversas doenças graves que envolvem vírus, bactérias e protozoários!
Ah, e falta esclarecer: Para eliminar estes insetos não serão necessárias toneladas de inseticida!
É evidente que as dosagens devem ser cuidadosamente preparadas, o horário deve ser ao nascer do dia e/ou no final da tarde, este trabalho garantirá saúde para a população!
E preciso esclarecer ainda que a próxima epidemia (se não forem tomadas urgentes providências, irá ter inicio em 2013 com a continuação em 2014, com um assustador número de casos graves e óbitos!
Mas, isto não quer dizer que não teremos novos casos, assim que iniciarem as chuvas... Sempre ocorre devido ao ciclo de imunidade de cada indivíduo.
Atingi o estágio de ‘tolerância “zero” espero não assistir nenhum descoordenador da saúde buscar a mídia e declarar que os números reduziram graças ao trabalho realizado, grande mentira esta, costumeiramente aplicada, depois de uma grande epidemia SEMPRE ocorre um intervalo de 04 anos entre uma epidemia e outra!
BEATRIZ ANTONIETA LOPES
Bióloga graduada pela UFMT
Bióloga graduada pela UFMT
Curso de Entomologia Médica-FIOCRUZ
Nenhum comentário:
Postar um comentário