domingo, 23 de novembro de 2014

Vírus é identificado em água

Esta notícia do jornal A GAZETA mostra uma grave situação de Saúde Pública! É impressionante o descaso de gestores municipais e estaduais com os necessários cuidados com a saúde da população...
Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado e que pode resultar desde uma simples alteração laboratorial (portador crônico que descobre por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e fatal (mais frequente nas formas agudas).

Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus (vírus das hepatite A, B, C, D, E, F, G, citomegalovírus, etc). Outras causas: drogas (anti-inflamatórios, anti-convulsivantes, sulfas, derivados imidazólicos, hormônios tireoidianos, anti-concepcionais, etc), distúrbios metabólicos (doença de Wilson, poli-transfundidos, hemossiderose, hemocromatose, etc), trans-infecciosa, pós-choque. Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas.

A maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou levam a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente no Brasil por "tiriça" ou "amarelão" e que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.(Wikipédia)

                        Vírus é identificado em água


O Ministério Público do Estado (MPE) recomendou que o serviço de abastecimento de água no município de Tapurah (433 km ao Médio-Norte de Cuiabá) seja suspenso ainda esta semana. O motivo é a presença do vírus da hepatite A identificado em amostras de água da rede pública. Os vírus foram encontrados durante fiscalização do Instituto Osvaldo Cruz/Fiocruz. De acordo com o MPE, desde julho deste ano, o Departamento de Água e Esgoto de Tapurah já sabia do problema e mesmo assim “não tomou medidas eficazes de prevenção e esclarecimento dos fatos à população”.


A recomendação do MPE tomou como base dois exames realizados pelo Instituto nos dias 27 de junho e 10 de outubro nas amostras de água. Na ocasião, foi detectada a presença do agente HAV RNA, conhecido como o vírus da hepatite A. Para que um indivíduo contraia a doença é necessário a ingestão de água ou alimentos contaminados. Uma vez infectada, a pessoa elimina o vírus nas fezes, possibilitando a contaminação da água caso não haja condições de saneamento básico adequadas. Dessa forma, outras pessoas, ao tomarem a água contaminada, podem também se infectar.


Ainda de acordo com o MPE, além de não ter tomado providências para resolver o problema, alertado ao Departamento de Água e Esgoto no dia 18 de julho, o município também “não faz o diagnóstico da hepatite A, impossibilitando a constatação exata de possíveis e recentes casos”. Diante disso, o órgão recomendou, em caráter preventivo, a suspensão do fornecimento à população de água dos poços de captação localizados nos bairros Cristo Rei e Jardim Juliana, além de medidas paliativas para o abastecimento de água potável nestes locais que ficarão sem água. Outro item do documento prevê novos testes de qualidade da água e, caso necessário, que seja realizada a descontaminação. Devido ao risco de contaminação e transmissão da doença, o MPE determina que sejam tomadas providências “quanto ao diagnóstico seguro de possíveis casos de hepatite A em Tapurah, e implemente ações preventivas voltadas ao esclarecimento da população, em especial com a mobilização de agentes de saúde e campanhas públicas para implementação de medidas educacionais de higiene e manuseio da água”. Por fim, o órgão recomenda a oferta de vacinação gratuita contra a doença à população.


OUTRO LADO - Até o fechamento desta edição, a Prefeitura Municipal de Tapurah não deu retorno sobre a recomendação feita pelo MPE. BRUNA PINHEIRO- jornal A GAZETA


Nenhum comentário: