*Bia Lopes
Com referência a notícia publicada na web (Londrixnotícias dia 30/03/08), onde a drª. Maria Paula afirma ter sido encontrado vírus tipo 4, da DENGUE, em Manaus, devo dizer que a doutora está com a razão sim! Em vários estados do Brasil poderão ser detectados sorotipos para dengue 4, basta fazer a sorologia e o isolamento viral certamente serão encontradas muitas pessoas que tiveram a 1ª, 2ª, 3ª E 4ª DENGUES!
A seqüência lógica é esta, e não como alguns apregoam que pode se infectado por este ou aquele “vírus circulante”. O vírus é único e a diferença está nas sucessivas passagens pela dengue atingindo o indivíduo.
As alterações mostradas no isolamento viral são registros de cada infecção sofrida. Se for feita uma busca nos últimos 20 anos em Manaus o resultado irá mostrar que o vírus da DENGUE esteve ali presente durante todos estes anos.
Discordo da pesquisadora quando afirma: “que a entrada do vírus no país independe das ações integradas de saúde, já que "os vírus se transportam através das pessoas, ou seja, pessoas picadas por mosquitos infectados poderão levar a doença por onde forem – o que depende das ações de saúde é o controle do mosquito transmissor". Sabe-se que os insetos já nascem naturalmente infectados (transmissão transovariana), então independe da pessoa a transmissão, basta o vetor presente.
A solução será eliminar todo e qualquer vetor adulto, as ações atualmente desenvolvidas são ineficientes basta analisar o quadro caótico e grave da dengue em nosso país. O Ministério da Saúde precisa rever com urgência conceitos errôneos tanto sobre o vírus como na forma de controle do vetor, que se percebe não funcionar.
Concordo com a afirmativa "Não existe qualquer relação de gravidade entre o tipo de vírus de dengue e a apresentação clínica da doença”. A gravidade pode surgir devido a dois ou três fatores diferentes: Estar utilizando medicamentos que alterem a coagulação sangüínea, paciente cardíaco, por exemplo, ou o uso inadvertido de medicação com o princípio ativo AAS presente na fórmula, ou estar passando por uma 2ª infecção pelo vírus da dengue, quando ocorrem reações bastante acentuadas pela ação dos anticorpos contra os antígenos devido à informação de dengue anterior.
Crianças a partir de 04 anos que apresentarem reação hemorrágica importante certamente estarão passando pela segunda dengue de sua vida (a primeira pode ter ocorrido antes mesmo do nascimento, se a mãe teve dengue) ou ainda quando bebê recém nascido.
O conhecimento sobre a patologia e o vírus envolvido não evoluiu muito nestes últimos 20 anos o que faz aumentar o quadro grave da doença a cada epidemia.
É necessário que a OMS-Organização Mundial de Saúde observe com atenção os resultados desta pesquisa, e é importante a revisão e correção de velhos e ultrapassados conceitos sobre o vírus e o vetor envolvido na patologia.
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