domingo, 26 de outubro de 2008

A casa da minha avó

Bia Lopes

Cheia de lugares para serem descobertos, cantos misteriosos onde a imaginação infantil juntava fadas, duendes, anjinhos, amigos invisíveis...
Havia uma química que misturava pó de pirlimpimpim e voávamos, éramos princesas, nossas roupas eram bordadas com estrelas brilhantes e nossas casas eram castelos, cheios de torres.
Havia dragões e monstros assustadores também que assombravam nossas noites quando acordávamos apavorados, aos gritos e o lugar mais seguro era a cama dos pais...
Armários antigos, velhas roupas guardadas e estava feita a festa: As brincadeiras não tinham hora de acabar!
Na casa de minha avó não havia internet, celular, I pod, MP 5, ou outras novidades da tecnologia, com um pedaço de giz riscávamos a calçada e surgia uma brincadeira, um pedaço de corda e pulávamos horas....
Um campinho de grama, uma bola e não sei de onde, surgiam muitas crianças e de repente já era noite e era hora da brincadeira terminar, como as horas passavam rápidas!
Bolinhas de gude, estilingue (bodoque), pipa (pandorga), brinquedos que tomavam horas de confecção e isto era parte da brincadeira.
Sim, fazíamos nossos próprios brinquedos, nossos castelos...

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