Acredito ser impossível ficar PIOR do que está! Acredito também que alguma mudança será desencadeada... Ou o 'gigante adormeceu' para sempre?
Se perdermos a esperança o que restará? Beatriz
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Dias Negros Virão!
*Carlos Chagas
A LUZ QUE SE APAGA E A ESCURIDÃO QUE SE APROXIMA
Confirmam amigos chegados ao presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: ele pedirá aposentadoria antes de ser
sucedido, em abril próximo, pelo ministro Ricardo Lewandowski, na direção maior
do Poder Judiciário.
Motivo: o desmonte do mensalão, que começará logo depois
da mudança na presidência da mais alta corte nacional de Justiça.
Como? Através de manobra já engendrada pelo PT e
pelos Advogados dos mensaleiros, com a aquiescência de Lewadowski, que
permitirá a REVISÃO dos processos onde foram condenados 25 implicados n’um dos
maiores escândalos da história da República. Estaria tudo coordenado, apenas
aguardando a mudança da guarda.
Apesar de a revisão de processos constituir-se em
exceção na vida dos tribunais, pois acontece apenas com o surgimento de fatos
novos no histórico das condenações, já estariam em fase de elaboração os
recursos de quase todos os hoje condenados, a cargo de Advogados regiamente
remunerados, junto com outros ideologicamente afinados com o poder reinante.
Nada aconteceria à margem de discussões e entreveros
jurídicos. Mas, a conspiração atinge a composição atual do Supremo Tribunal
Federal. E a futura, também. O término do mandato de Joaquim Barbosa na
presidência da Corte Suprema marcaria a abertura das comportas para a
libertação dos criminosos postos atrás das grades e daqueles que se encaminham
para lá.
Joaquim Barbosa não estaria disposto a assistir
tamanha reviravolta, muito menos a ser voto vencido diante dela. Assim, prepara
seu desembarque. Pelo que se ouve, não haverá hipótese de mudar a decisão já
tomada, mesmo ignorando-se se aceitará, ou não, transmudar-se para a política e
aceitar algum convite para candidatar-se às eleições de outubro. Tem até abril
para decidir, apesar das múltiplas sondagens recebidas de diversos partidos
para disputar a presidência da República.
A informação mostra como são efêmeros os caminhos da
vida pública. Até agora vencedor inconteste na luta contra a corrupção,
reconhecido nacionalmente, Joaquim Barbosa pressente a curva no caminho, não
propriamente dele, mas dos mesmos de sempre, aqueles que conseguem fazer
prevalecer a impunidade sempre que não se trata de punir ladrões de galinha.
Afinal, alguns meses de cadeia podem machucar; mas, se logo depois forem
revogados através de revisões patrocinadas pelas estruturas jurídicas postas a
serviço das elites, terão passado como simples pesadelos, desfeitos ao
amanhecer. Não faltarão vozes para transformar bandidos em heróis. A reação do
ainda presidente do Supremo, de aposentar-se, ficará como mais um protesto da
luz que se apaga contra a escuridão que se aproxima.
O IMPERATIVO CATEGÓRICO
Enquanto esse horror não se configura, seria bom
meditar sobre o sentimento ético. Pode-se ceder diante do império das
circunstâncias. Mas, existe, entre nós, indivíduos e nações, o imperativo
categórico de que falava Kant, o incondicional comando de nossa consciência
para agir como se a máxima de nossa ação fosse tornar-se uma lei universal da
natureza. Há que evitar o comportamento que, se adotado por todos, tornaria a
vida social impossível. Embora possamos adotar a mentira, não poderemos
aceitá-la como alternativa. Uma decisão da Justiça não é boa porque trás bons
resultados, nem mesmo porque é sábia, mas porque é feita em obediência ao senso
do dever e em consonância com o imperativo categórico. Ética não é a doutrina
de nos fazer felizes, mas de tornar-nos dignos da felicidade. Qualquer ladrão
poderá triunfar se conseguir roubar o bastante.
O homem que se vende recebe sempre mais do que vale
(Barão de Itararé). E o que não se vende, por vezes, paga muito caro com o
valor mais precioso que ele tem:-
A
DIGNIDADE.
* Carlos Chagas- www.facebook.com
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