domingo, 16 de fevereiro de 2014

a benzedeira...

Certa vez surgiu um problema nos meus braços, e coçava sem parar e além disto, doía muito, ardia...Fui TENTAR passar pelo dermatologista e o colega olhou e disse: Você tem que passar pela psiquiatra!
Moço, não estou doida! Mas de nada valeu minha argumentação... Fui trabalhar (na prefeitura) e comentei com uma senhora a que eu estava atendendo, sobre o problema e o encaminhamento do colega da saúde e falei, meio a sério meio brincando:
"acho que vou me benzer"... E ela me disse: Vou te dar o endereço duma senhora que é benzedeira!
 Pelo sim, pelo não, eu fui! Olha só a SABEDORIA, a LÓGICA desta senhora! Olhou meus braços, perguntou o que eu fazia no trabalho e no dia a dia... O trabalho já citei, e o que eu estava fazendo mais? Terminando o curso de BIOLOGIA na UFMT!!!!!
E nossa MONOGRAFIA envolvia pesquisa de campo sobre os Térmites (cupins)...
Ela me disse: espera um pouco...saiu para o quintal, com um pratinho e voltou com um montinho de terra e me disse "é terra de formigueiro, aquela que fica ao redor do formigueiro"...Ferveu água, jogou sobre a terra e me falou que ia fazer umas orações... Orou em voz alta um certo tempo (enquanto isto a água no prato esfriou, pegou uma pequena espátula de madeira e espalhou sobre meus braços, sempre orando...Depois me disse: Vá para casa (os braços cheio de barro, eu estava de moto), logo vai ficar bem seco, você vai até seu quintal, esfrega os braços até sair toda a terra seca, depois tome um banho, usando sabão e pronto, vai ficar curada!
A SABEDORIA: Imagine, ela analisou, apesar de ser pessoa muito simples, que no campo tive contato de pele com alguns micro-organismos, que invisíveis, se alojaram na pele dos braços...
A LÓGICA: Ao passar a lama nos meus braços e deixar secar os seres microscópicos, sem oxigênio, 'migraram' para a terra...
IMAGINE: Se eu tivesse ido na psiquiatra, certamente me receitaria antidepressivos e outras drogas!!!!
Então, porque médicos e funcionários da saúde não utilizam menos a MEDICINA CURATIVA??????
 e mais a MEDICINA PREVENTIVA Bastava PERGUNTAR, fazer perguntinhas básicas e ANALISAR, usando a LÓGICA!!!!!
“Não abandonemos os que têm coragem e são guerreiros, pois são estes que se levantam para defender a nosso favor"! Beatriz Antonieta Lopes


Leia o artigo de Mani Alvarez:


Mulheres curadoras
por Mani Alvarez


Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que por muito tempo andaram sumidas, ou até mesmo escondidas. Hoje retornam com um diploma de pós-graduação nas mãos e um sorriso maroto nos lábios. Seu saber mudou de nome. Chamam de terapia alternativa, medicina vibracional, fitoterapia, práticas complementares…são reconhecidas e respeitadas, tem seus consultórios e fazem palestras.

As mulheres curadoras fazem parte de um antigo arquétipo da humanidade. Em todas as lendas e mitos, quando há alguém doente ou com dores, sempre aparece uma mulher idosa para oferecer um chazinho, fazer uma compressa, dar um conselho sábio. Na verdade, a mulher idosa é um arquétipo da ‘curadora’, também chamada nos mitos de Grande Mãe.

Não tem nada a ver com a idade cronológica, porque esse é um arquétipo comum a todas as mulheres que sentem o chamado para a criatividade, que se interessam por novos conhecimentos e estão sempre a procura de mais crescimento interno. Sua sabedoria é saber que somos “obras em andamento’, apesar do cansaço, dos tombos, das perdas que sofremos… a alma dessas mulheres é mais velha que o tempo, e seu espírito é eternamente jovem.

Talvez seja por isso que, como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.

Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza,. Prova disso é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer…

Nunca escrevem tratados sobre o que sabem, mas como sabem coisas! Hoje os cientistas descobrem o que nossas avós já diziam: as plantas têm consciência! Elas são capazes de entender e corresponder ao ambiente à sua volta. Converse com o “dente-de-leão” para ver… comunique-se com as plantas de seu jardim, com seus vasos, com suas ervas e raízes, o segredo é sempre o amor.

Minha mãe dizia que as árvores são passagens para os mundos místicos, e que suas raízes são como antenas que dão acesso aos mundos subterrâneos. Por isso ela mantinha em nossa casa algumas árvores que tinham tratamento especial. Uma delas era chamada de “árvore protetora da família”, e era vista como fonte de cura, de força e energia. Qualquer problema, corríamos para abraçá-la e pedir proteção.

O arquétipo de ‘curadora’ faz parte da essência do feminino, mesmo que seja vivenciado por um homem. Isso está aquém dos rótulos e definições de gênero. Faz parte de conhecimentos ancestrais que foram conservados em nosso inconsciente coletivo.

Perdemos a capacidade de olhar o mundo com encantamento, mas podemos reaprender isso prestando atenção nas lendas e nos mitos que ainda falam de realidades invisíveis que nos rodeiam. Um exemplo? Procure saber mais sobre os seres elementais que povoam os nossos jardins e as fontes de águas… fadas, gnomos, elfos, sílfides, ondinas, salamandras…

As “curadoras’ afirmam que podemos atrair seres encantados para nossos jardins! Como? Plantando flores e plantas que atraiam abelhas e borboletas, gaiolas abertas para passarinhos e bebedouros para beija-flores.

Algumas plantas ‘convidam’ lindas borboletas para seu jardim, como milefólio, lavanda, hortelã silvestre, alecrim, tomilho, verbena, petúnia e outras. Deixe em seu jardim uma área levemente selvagem, sem grama, os seres elementais gostam disso. Convide fadas e elfos para viverem lá.

Este artigo foi publicado pelo Jornal 100% Vida de maio/2012
por Mani Alvarez

* Coordenadora do curso de pós-graduação em Práticas Complementares em Saúde

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