Notícias sobre a morte de bebês, crianças, jovens e adultos causadas pela DENGUE me deixam não apenas entristecida, me causam revolta! Uma das vítimas mais recentes foi a jovem universitária Fernanda Cristina, com apenas 19 anos, no RJ.
Os sintomas apontavam para a Dengue. Ela passou por vários médicos e o atendimento recebido foi, no mínimo, superficial! Fernanda morreu 12 horas após ter tido alta. Dezoito pessoas foram a óbito pela doença no Rio este ano, pelo menos ela e mais três pessoas foram vítimas de diagnóstico tardio.
Alguns médicos parecem não saber que, o primeiro dia sem febre é o mais crítico: a evolução pode ser para uma lenta recuperação ou para o grave quadro hemorrágico e suas complicações, na maioria das vezes fatais, muitos pela falta de atenção médica.
E o resultado: Mais uma família chora a perda de uma pessoa para o descaso que está a Saúde! A falta de um trabalho correto para eliminar o vetor!
O alerta do infectologista da UFRJ, Edimilson Migowski: “Importante é prestar atenção ao estado geral do doente. É mais importante do que medir a temperatura, é preciso prestar atenção no estado geral do paciente. Segundo o profissional, no caso da dengue, febre não é parâmetro de agravamento. “A cultura é valorizar a febre. “Na dengue, é preciso valorizar outros sinais: vômito, pressão baixa, sangramento, recusa de tomar líquido e dor abdominal”,ensina.
Minha revolta tem uma razão de ser, e carrega estes questionamentos:
Profissionais de saúde (médicos), sabendo que o Brasil está dominado pelo mosquito, DEVERIAM estar atentos, observar os sintomas, especialmente temperatura elevada (febre acima de 38°), cefaléia, outros sintomas podem ou não se fazer presentes tais como dores no corpo, vômitos e diarréia.
A rehidratação deve ser imediata! O controle da febre é importante, aliás, bem sabemos que a elevação da temperatura é um aviso do organismo sobre algum processo infeccioso ocorrendo neste paciente.
O momento em que o agente infeccioso (antígeno) penetra no organismo o sistema imune entra em ação, produzindo defesas (anticorpos), para combater o vírus invasor (anticorpos).
A febre é uma resposta de nosso organismo e surge pela ação do sistema imune combatendo uma infecção (anticorpos destruindo antígenos).
O profissional da saúde sabe disto (ou deveria saber), deveria saber também que, em alguns casos de Dengue as reações são mais fortes por alguns motivos específicos:
Paciente em uso de medicamentos cardíacos, (anticoagulantes, antiagregantes plaquetários), uso de medicamentos antitérmico (AAS), e a principal e mais grave: Paciente sofrendo a SEGUNDA DENGUE!
Independe se a busca por atendimento particular ou pela rede pública, o despreparo médico é muito grande!
Veja o exemplo do trabalho jovem médico do PSF, durante a epidemia de 2008: http://www.artigonal.com/medicina-artigos/serie-doencas-negligenciadas-2852423.html
Independe se a busca por atendimento particular ou pela rede pública, o despreparo médico é muito grande!
Veja o exemplo do trabalho jovem médico do PSF, durante a epidemia de 2008: http://www.artigonal.com/medicina-artigos/serie-doencas-negligenciadas-2852423.html
Quando há amor e dedicação ao exercer a medicina, que ganha é a população! O interesse ao quadro clínico apresentado, as ações básicas adequadas podem evitar o óbito do paciente!
A outra questão:
O que está acontecendo com a pesquisa brasileira? Volto a questionar: o que está acontecendo nas instituições de pesquisa?
Alguns pesquisadores há muitos anos dentro de instituições, parecem estar numa ‘cômoda zona de conforto’, seguindo velhas e ultrapassadas teorias, mantendo hipóteses equivocadas sobre fatores essenciais para eliminar o vetor, primeiro passo para acabar com a DENGUE.
A outra questão:
O que está acontecendo com a pesquisa brasileira? Volto a questionar: o que está acontecendo nas instituições de pesquisa?
Alguns pesquisadores há muitos anos dentro de instituições, parecem estar numa ‘cômoda zona de conforto’, seguindo velhas e ultrapassadas teorias, mantendo hipóteses equivocadas sobre fatores essenciais para eliminar o vetor, primeiro passo para acabar com a DENGUE.
Torna-se urgente uma releitura, um novo estudo sobre o vírus da Dengue. Como já citei em artigos já publicados, http://www.artigos.com/artigos/saude/saude-e-bem-estar/analisando-matematicamente
A pesquisa precisa avançar e rápido! Depois da comprovação da teoria do pesquisador Finlay (1881) que não eram “miasmas” e sim mosquitos que transmitiam a Dengue ou Febre Amarela e não foi fácil ‘derrubar’ ultrapassadas hipóteses, Carlos J. Finlay, em Cuba, foi quem aventou a hipótese de ser a doença transmitida pelo mosquito, o que na época não era admitido, sendo então ridicularizado por isso, pois isso só ocorreu passados 20 anos!
Graças à comissão do exército Norte Americano chefiada pelo major Walter Reed, que se encontrava novamente em Havana, em Cuba, que sofria nova epidemia da doença, demonstrou de maneira irrefutável o acerto da teoria Finlay.
Hoje, passados mais de 130 anos torna-se importante desmistificar ‘outros miasmas’:
Existe um importante equivoco na análise de um exame de sorologia/isolamento viral de um paciente com Dengue:
As diferenças encontradas entre a sorologia de um individuo sofrendo uma PRIMEIRA DENGUE com outro paciente passando por uma SEGUNDA DENGUE, TERCEIRA ou QUARTA DENGUE vai, evidentemente mostrar diferenças!
Mas isto não indica a existência de 04 tipos de vírus!
Se Finlay conseguiu desmistificar os ‘miasmas’ posso ter esperanças que a comprovação de um vírus único e seqüenciais infecções que envolvem a DENGUE!
A cada 04 anos ocorre nova epidemia em diferentes regiões, mas alguns estados (Rio de Janeiro, por exemplo), uma epidemia vem se intercalando em outra!
Se Finlay conseguiu desmistificar os ‘miasmas’ posso ter esperanças que a comprovação de um vírus único e seqüenciais infecções que envolvem a DENGUE!
A cada 04 anos ocorre nova epidemia em diferentes regiões, mas alguns estados (Rio de Janeiro, por exemplo), uma epidemia vem se intercalando em outra!
Aqui dados para análise:
As principais epidemias de dengue ocorridas no município do Rio de Janeiro, sendo elas:
1986/1987 sorotipo 1;
1990/1991 sorotipo 2;
2001/2002 sorotipo 3.
(A epidemia de Dengue/Dengue Hemorrágico 2001/2002 no município do Rio de Janeiro).REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA TROPICAL
O Rio sofreu em 2005/2006 outra epidemia e, novamente 2009/2010 se estendendo pelo ano de 2011.
A Dengue continua dominando, com fatos estranhos, absurdos, que envolve desde inseticidas inadequados, medicamentos agressivos e desnecessários, verbas aplicadas aleatoriamente, atendimento médico/hospitalar despreparado.
Como bem disse o doutor Marcos Vilela, a Dengue é apenas a ponta do iceberg...
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