quarta-feira, 18 de julho de 2012

DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS



ARTIGO DE OPINIÃO

Analisando a declaração da Organização Mundial de Saúde, “doenças tropicais negligenciadas afetam 'silenciosamente' 1 bilhão de pessoas.”
Entre as doenças negligenciadas está a Dengue, e esta negligencia afeta profundamente o Brasil.
Algumas das principais Doenças Tropicais Negligenciadas são: Chagas, Hanseníase (lepra), e a Leishmaniose, ainda afetam cerca de 1 bilhão de pessoas em 149 países do mundo, mas de forma "silenciosa", segundo relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
No relatório o Brasil aparece com incidência da maioria das 17 doenças tropicais apontadas na lista.
Patologias que podem causar graves problemas, e muitos pacientes vãos a óbito pela falta de atendimento, e medicamentos.
Mesmo sendo patologias graves elas podem e devem ser controladas. Este controle inicia com a eliminação do vetor da Dengue (Aedes aegpyti), da Leishmaniose (Flebótomo), Chagas (barbeiros).
A Hanseníase requer busca ativa de pacientes, tratamento monitorado, para controlar a doença ainda no início.
A Leishmaniose desde 1999 vem agindo silenciosamente, atingindo não só a área rural, mas também a zona urbana, com um aumento desenfreado do vetor, pela falta de ações de controle, abandonado pelo Governo Federal, que transferiu a responsabilidade aos Estados e Municípios. Sem esquecermos que este vetor transmite também a letal bactéria da Febre de La Oroya (Bartonelose bacilliformis).
Apesar dos funcionários da extinta SUCAN permanecerem à disposição dos municípios o conhecimento destes servidores sobre uso adequado dos inseticidas no controle de vetores não foi aproveitado, pessoalmente acredito que estes servidores (os mais capacitados) deveria trabalhar no treinamento e capacitação de novos agentes. Atualmente a maioria destes servidores atua como motorista nas secretarias de saúde!
E na função de controle estão funcionários municipais sem um real treinamento, sem a orientação de, pelo menos, um engenheiro agrônomo, que possui amplo conhecimento em inseticidas.
Torna-se urgente a necessidade da OMS- Organização Mundial de Saúde, do MS - Ministério da Saúde, da OPAS- Organização Pan-Americana de Saúde deixarem de lado interesses e partirem para uma ação global de controle de vetores!
É sempre evidente que a prioridade principal não tem sido a saúde da população...
Atualmente só um drástico e bem elaborado controle químico poderá deter patologias como a Dengue, a Leishmaniose, Chagas, Elefantíase, Malária!

Beatriz Antonieta Lopes
Bióloga graduada pela UFMT
Curso em Entomologia Médica- FIOCRUZ

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