segunda-feira, 2 de julho de 2012

FLEBÓTOMO, UM VETOR DE ALTO RISCO!




Acreditar na MEDICINA CURATIVA e não parecer perceber que o correto é a MEDICINA PREVENTIVA, que atua combatendo a causa, o fato desencadeador da patologia é um grande equívoco!
Que pode ser responsável pelas mortes que vem ocorrendo nos últimos anos. A LEISHMANIOSE avança de forma insidiosa e letal e a causa está na ausência de medidas de eliminação do vetor. O que os municípios executam são ações aleatórias, apenas para ‘mostrar serviço’.
Estas ações propiciam a intensa proliferação do vetor e um numero cada vez mais elevado de casos de LEISHMANIOSE. O que muitos não sabem é que o mosquito vetor transmite também uma bactéria que pode ser ainda muito mais grave que a LEISHMANIOSE, trata-se de uma bactéria gram-negativa (10 ou mais flagelos, que aumentam sua capacidade invasiva), é um aeróbio obrigatório.
A LEISHMANIOSE, é uma zoonose transmitida pelo Flebótomo, envolve o protozoário do gênero Leishmania e é transmitida por várias espécies de insetos vetores conhecidas como flebotomíneos.    A visceral, que atinge órgãos internos é a forma mais grave, pode ser letal.

A bactéria mortal: Transmitida pelos Flebótomos!

Bartonella bacilliformis

A bartonelose é uma zoonose antes só encontrada nos vales das montanha Andinas no Perú, Equador, Colombia, Chile e Bolívia. A proximidade destes países com o Brasil e a facilidade de introdução do vetor aumenta o risco 
Após atingirem o sistema retículo endotelial e a corrente circulatória, parasitam as hemácias provocando anemia hemolítica. que pode comprometer até 90% das células em casos graves.
Pacientes que sobrevivem à fase aguda podem ou não desenvolver sintomas cutâneos, caracterizados pelo aparecimento de lesões hemangiomatosas. O período de incubação varia de 2 a 14 semanas.
Transmitida pelos mesmos mosquitos da leishmaniose, a bactéria causa a febre de La Oroya, cuja letalidade chega a 90%. 
Surgiu em 1871, no Peru. O avanço da doença segue o rastro do desmatamento amazônico, já está na fronteira da Bolívia com o Brasil.
“Se a Bartonella chegar ao Brasil, sua disseminação poderá ser acelerada. Além de abrigar o mosquito transmissor da doença, o país não dispõe de profissionais de saúde treinados para contê-la”.
Gostaria de estar enganada... Mas acho que já chegou ao Brasil, pois há certo tempo surgiu uma doença que envolve uma bactéria e ninguém sabe o que fazer, pois é resistente a todos os antibióticos. Em Rondonópolis sei de dois casos (pode haver bem mais), cujos pacientes estão com a vida sob risco...
O Brasil adota procedimentos estranhos: Mesmo sabendo que existe o vetor incriminado com a patologia não se preocupa em exterminar o inseto... Inventa pesquisa de vacinas e medicamentos! Tudo o que envolve altas verbas e favorece grupos (laboratórios), é apenas o lucro fácil que parece mover alguns.
A vida é tratada com tal descaso, como se não tivesse nenhum valor!
Faz-se URGENTE o combate a este vetor e providências eficientes deverão ser tomadas ou a já deficiente saúde brasileira irá mergulhar num caos imenso e descontrolado!

 Beatriz Antonieta Lopes
Bióloga graduada pela UFMT
Especialização em Entomologia Médica FIOCRUZ

Um comentário:

Unknown disse...

Boa noite Bia. Onde há fumaça você está no meio e onde há fogo você está combatendo. Que tal enviar esse artigo ao Ministério Público pedindo providências? Envie cópias dos estudos e alertas para o Ministério da Saúde, para alguns senadores da República, como o sen.Álvaro Dias e também para algum deputado federal conhecido, para ver se alguém toma alguma iniciativa. O alerta está dado, mas a porteira (FRONTEIRA) continua ABERTA. Saudações do amigo Orlando Sabka