sábado, 25 de abril de 2015

DENGUE: Rio Grande do Sul...

Lamentavelmente a DENGUE chegou ao o Rio Grande do Sul. Era o ÚNICO Estado brasileiro que não tinha o vetor e a patologia! Alguns casos que ocorreram foram o de pessoas que estiveram em cidades/estados onde a DENGUE é constante.
Na recente EPIDEMIA já ocorreram várias mortes, desencadeadas por diferentes fatores:
-Pessoas que já tiveram a infecção (DENGUE) anteriormente.
-Erro na identificação da patologia que por vezes alguns profissionais confundem com outras patologia/erro na medicação.
-Pacientes que fazem uso de medicamentos tipo AAS (Acido Acetil Salicílico), no caso de tratamento cardíaco, ou outro tipo de antiagregante plaquetário. É preocupante quando o paciente apresenta todos os sintomas da DENGUE e o médico não investiga se, por algum motivo a pessoa possa estar fazendo uso de algum medicamento tipo AAS... Neste caso, EXISTE uma certeza: Este paciente irá sofrer princípios hemorrágicos com graves conseqüências... Sobre este assunto vou tecer umas considerações:
-A necessidade de fazer uso de anticoagulantes (atua na cascata de coagulação), com ação direta na inibição da produção ou bloqueio de alguns fatores de coagulação. (warfarina, heparina)
-antiagregante impedem a agregação de uma plaqueta na outra, evitando a formação do "tampão plaquetário". Ex: AAS, Aspirina, Dipiridamal, clopidogrel, ticlopidina. Alto risco em caso de Dengue. Médico deverá reavaliar a utilização.
São os processos que o organismo usa para coibir hemorragias, onde usam as plaquetas para coagular o sangue formando um trombo que obstrui a lesão na parede vascular impedindo a hemorragia.
Tanto anticoagulantes como antiagregante atuam no processo da hemóstase ou hemóstase, porém através de mecanismos diferentes. Hemóstase é o conjunto de mecanismos que o organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é formado um trombo que obstrui a lesão na parede vascular. Ao contrário do que muitos pensam esse trombo não é constituído de coágulo e sim de plaquetas. A coagulação, além de fornecer pequena quantidade de fibrina para o trombo plaquetário, colabora na estabilização do trombo.
Qualquer alteração da função plaquetárias confere uma trombocitopatia que pode ser congênita, como a doença de von Willebrand, ou adquirida, como no uso de algumas drogas como aspirina, fenilbutazona, sulfonamidas, penicilinas e tranqüilizantes prozamínicos, sendo que dentre essas drogas, a aspirina causa uma inibição irreversível da agregação plaquetária. A utilização medica destes princípios ativos deve ser criteriosamente avaliadas e suspensas pelo alto risco hemorrágico!

A DENGUE HEMORRÁGICA

É a evolução da DENGUE clássica e pode ser desencadeada por diferentes eventos:
O uso de medicamentos anticoagulantes. Uma segunda infecção viral por DENGUE, quando os anticorpos reagem contra os antígenos invasores (Sistema imunológico reagindo contra o vírus invasor), desencadeando, devido à intensa multiplicação viral bem como a produção intensa de anticorpos, a resistência dos vasos sanguíneos fica fragilizada, ocorrendo rompimentos dos vasos e conseqüentemente derrames cavitários (hemorragias).
Sempre é urgente a interrupção de uma hemorragia, evitando perdas de sangue de uma lesão vascular, pois a multiplicação viral e as reações que ocorrem com o paciente com Dengue devem ser avaliadas com muita atenção, a re-hidratação do paciente, a investigação do uso de medicamentos que possam desencadear o processo hemorrágico, pode salvar a vida do paciente.
Analisar qual medicamento poderá ser o melhor para controle da temperatura (bastante elevada na maioria dos casos, provocada pela replicação viral).
Os princípios hemorrágicos podem ocorrer nos mais diferentes órgãos, fígado (intensamente agredido durante a replicação viral), rins, pulmões, cerebelo, (casos de Dengue desencadeiam hemorragias nesta área com evolução para AVC, em função os derrames cavitários).
Um profissional de saúde que atende o paciente de forma atenta e investigativa irá detectar hemorragias superficiais (petéquias e equimoses), que são sinais de problemas na Hemostasia primária (trombocitopenia ou trombocitopatia) ou lesão vascular.
No caso de petéquias e equimoses, aconselha-se a seguir os seguintes passos: - Contagem de plaquetas: no caso de uma trombocitopenia, investigar a causa. Queda brusca de plaquetas sinaliza um princípio hemorrágico em andamento. (http://www.ufrgs.br/hcv/lacvet/hemostasi...)

AVALIAÇÃO INICIAL E PROCEDIMENTOS

Em tempos de EPIDEMIA é importante o atendimento rápido e um importante FILTRO poderia ser a equipe de enfermagem, que PODE e DEVE analisar e iniciar a hidratação. O difícil é o entendimento entre os profissionais médicos e enfermagem....


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