Lamentavelmente a DENGUE chegou ao o Rio Grande do Sul.
Era o ÚNICO Estado brasileiro que
não tinha o vetor e a patologia! Alguns casos que ocorreram foram o de pessoas
que estiveram em cidades/estados onde a DENGUE
é constante.
Na recente EPIDEMIA já ocorreram várias mortes,
desencadeadas por diferentes fatores:
-Pessoas que já tiveram
a infecção (DENGUE) anteriormente.
-Erro na identificação
da patologia que por vezes alguns profissionais confundem com outras patologia/erro
na medicação.
-Pacientes que fazem
uso de medicamentos tipo AAS (Acido
Acetil Salicílico), no caso de tratamento cardíaco, ou outro tipo de
antiagregante plaquetário. É preocupante quando o paciente apresenta todos os
sintomas da DENGUE e o médico não
investiga se, por algum motivo a pessoa possa estar fazendo uso de algum
medicamento tipo AAS... Neste caso, EXISTE uma certeza: Este paciente irá
sofrer princípios hemorrágicos com graves conseqüências... Sobre este assunto
vou tecer umas considerações:
-A necessidade de fazer
uso de anticoagulantes (atua na cascata de coagulação), com ação direta na
inibição da produção ou bloqueio de alguns fatores de coagulação. (warfarina,
heparina)
-antiagregante impedem
a agregação de uma plaqueta na outra, evitando a formação do "tampão
plaquetário". Ex: AAS, Aspirina, Dipiridamal, clopidogrel, ticlopidina.
Alto risco em caso de Dengue. Médico deverá reavaliar a utilização.
São os processos que o
organismo usa para coibir hemorragias, onde usam as plaquetas para coagular o
sangue formando um trombo que obstrui a lesão na parede vascular impedindo a
hemorragia.
Tanto anticoagulantes
como antiagregante atuam no processo da hemóstase ou hemóstase, porém através
de mecanismos diferentes. Hemóstase
é o conjunto de mecanismos que o
organismo emprega para coibir hemorragia. Para tal, é formado um trombo
que obstrui a lesão na parede vascular. Ao contrário do que muitos pensam esse
trombo não é constituído de coágulo e sim de plaquetas. A coagulação, além de
fornecer pequena quantidade de fibrina para o trombo plaquetário, colabora na
estabilização do trombo.
Qualquer alteração da
função plaquetárias confere uma trombocitopatia que pode ser congênita, como a
doença de von Willebrand, ou adquirida,
como no uso de algumas drogas como
aspirina, fenilbutazona, sulfonamidas, penicilinas e tranqüilizantes
prozamínicos, sendo que dentre essas drogas, a aspirina causa uma
inibição irreversível da agregação plaquetária. A utilização medica destes
princípios ativos deve ser criteriosamente avaliadas e suspensas pelo alto
risco hemorrágico!
A
DENGUE HEMORRÁGICA
É a evolução da DENGUE clássica e pode ser
desencadeada por diferentes eventos:
O uso de medicamentos
anticoagulantes. Uma segunda infecção
viral por DENGUE, quando os
anticorpos reagem contra os antígenos invasores (Sistema imunológico reagindo
contra o vírus invasor), desencadeando, devido à intensa multiplicação viral
bem como a produção intensa de anticorpos, a resistência dos vasos sanguíneos fica fragilizada, ocorrendo rompimentos dos vasos e conseqüentemente derrames
cavitários (hemorragias).
Sempre é urgente a interrupção
de uma hemorragia, evitando perdas de sangue de uma lesão vascular, pois a
multiplicação viral e as reações que ocorrem com o paciente com Dengue devem
ser avaliadas com muita atenção, a re-hidratação do paciente, a investigação do
uso de medicamentos que possam desencadear o processo hemorrágico, pode salvar
a vida do paciente.
Analisar qual
medicamento poderá ser o melhor para controle da temperatura (bastante elevada
na maioria dos casos, provocada pela replicação viral).
Os princípios
hemorrágicos podem ocorrer nos mais diferentes órgãos, fígado (intensamente
agredido durante a replicação viral), rins, pulmões, cerebelo, (casos de Dengue
desencadeiam hemorragias nesta área com evolução para AVC, em função os
derrames cavitários).
Um profissional de
saúde que atende o paciente de forma atenta e investigativa irá detectar hemorragias
superficiais (petéquias e equimoses), que são sinais de problemas na Hemostasia
primária (trombocitopenia ou trombocitopatia) ou lesão vascular.
No caso de petéquias e
equimoses, aconselha-se a seguir os seguintes passos: - Contagem de plaquetas:
no caso de uma trombocitopenia, investigar a causa. Queda brusca de plaquetas sinaliza
um princípio hemorrágico em andamento. (http://www.ufrgs.br/hcv/lacvet/hemostasi...)
AVALIAÇÃO
INICIAL E PROCEDIMENTOS
Em tempos de EPIDEMIA é importante o atendimento
rápido e um importante FILTRO poderia ser a equipe de enfermagem, que PODE
e DEVE analisar e iniciar a
hidratação. O difícil é o entendimento entre os profissionais médicos e
enfermagem....
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