segunda-feira, 23 de agosto de 2010

DENGUE OU FEBRE AMARELA, HEPATITE E PARACETAMOL...

A Dengue assusta e provoca medo, tanto pelas reações causadas pela patologia como pela evolução para quadro mais graves, hemorragias e choque.


Este medo e a falta de acesso devido a superlotação, ao Pronto Atendimento médico faz com que algumas pessoas passem na farmácia e se automediquem, e ainda recebem o auxílio do atendente que normalmente sugere Tyllenol/Paracetamol, e devido a desinformação que circula “seria este o único medicamento indicado para a Dengue”, não bastasse a gravidade da agressão viral causada pela doença ainda soma-se a do medicamento!

A interação do princípio ativo ‘Paracetamol’ com um quadro grave de hepatite fica ainda mais evidenciada quando o paciente está com Dengue...

O vírus, inoculado pelo Aedes aegypti no capilar sanguíneo do paciente inicia o processo de replicação viral, reproduzindo novos vírus, que saem para infectar novas células, distribuindo-se pelo organismo. Um dos órgãos  afetado é o fígado que fica aumentado e extremamente doloroso.

Não bastando à agressão pelo vírus, o fígado ainda recebe doses altas de Paracetamol que, no fígado sofre uma alteração, passando a ser um composto.

“Não é uma droga inofensiva. Sabe-se há muito tempo que o paracetamol causa falência hepática, a destruição total do fígado” declara o Doutor Anthonny Wong-CEATOX.

Em sua entrevista o doutor declara ainda: “Falava-se que a lesão do fígado só acontecia com doses excessivas. Cada vez, porém, fica mais claro que essa lesão não ocorre apenas com superdosagens, mas também com doses terapêuticas, as que se usam normalmente. Ou seja, está havendo intoxicação com doses até menores que seis comprimidos por dia. Outro fato é que existem muitos remédios com paracetamol. Quase todos os antigripais, por exemplo, contêm a substância. Alguns antiinflamatórios também.”

E também: “A pessoa toma o remédio e o sintoma aparece só depois de 24 horas. Aí, já é muito tarde. Se não salvar o fígado em 12 horas, é muito difícil reverter o quadro.”conclui o doutor Anthonny.

O alerta que fiz, sobre nova epidemia foi ignorado, nenhuma providencia REAL e EFETIVA foi tomada. O informe divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde Informe Epidemiológico da Dengue Análise de Situação e Tendências - 2010 “O Ministério da Saúde em estreita cooperação com o Conass e o Conasems elaborou as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, com o objetivo de orientar os gestores e técnicos na adequação dos planos de contingência estaduais, regionais, metropolitanos ou locais.Estas Diretrizes foram distribuídas em todo o país, visando à preparação de todos os profissionais na área de assistência, controle do vetor e mobilização comunitária”!

Será que os gestores do Ministério da Saúde ainda não perceberam que este tipo de ações não funciona? Que a eficácia é zero? Elaboram novas diretrizes, mas o que é realmente necessário fazer não feito!

Ah, sim, mas o Ministério da Saúde aumentou a quantidade de “veneno” enviado: Aumentou os inseticidas e também o Paracetamol: R$ 1milhão em medicamentos (paracetamol- Importado e distribuído por Novartis Biociências S.A.), sais de reidratarão oral e soro fisiológico injetável);

Para o Mato Grosso: Paracetamol (10.000 frascos de 15 ml e 241.000 mil  comprimidos de 500mg)...

A população menos esclarecida e de menor poder aquisitivo ao receber um punhado de cartelas de paracetamol, depois de uma ‘rala’ consulta médica, vai para casa e com medo da Dengue e sem explicações mais precisas, toma o paracetamol, agredindo perigosamente o fígado e também os rins... Sobrevivendo a mais uma Dengue sofrida restarão às seqüelas causadas por este medicamento.

Outro investimento: destinou mais R$ 40 milhões para as campanhas publicitárias... Qual a eficácia REAL disto tudo? A resposta está no artigo postado por Marcos Borkowski: “O setor da saúde e de medicamentos tornou-se um mercado altamente lucrativo e onde até mesmo os medicamentos genéricos, que foram criados como o propósito de baratear e muito os custos, não causam estes efeitos, sendo que alguns inclusive são comercializados em valores tão altos quantos os de multinacionais”. Quem está por trás de tudo?

O médico homeopata e professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto, doutor Renan Marino entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o Ministério da Saúde pedindo a suspensão imediata do tratamento com paracetamol em pacientes com dengue.

“É flagrante a defasagem do protocolo do Ministério da Saúde que insiste em indicar o paracetamol nos casos de dengue, droga com maior potencial lesivo ao fígado em uso atualmente no mundo, diz o médico, que relaciona o uso do paracetamol ao crescimento das complicações hemorrágicas e óbitos. Ele alega no documento, protocolado ontem que a continuidade da indicação do medicamento é um fato grave e despropositado, que fere o bom senso e a lógica científica”.diz o doutor Renan.

A representação no Ministério Público Federal, protocolada pelo doutor Renan Marino poderá desencadear uma ação que coibirá a prescrição do medicamento, evitando novos óbitos.

Ao Ministério da Saúde cabe mudar o enfoque, a metodologia, determinar, e fiscalizar as ações para o controle dos vetores. Não basta citar ‘período Sazonal’ como desculpa pelas ações equivocadas e ineficientes!
E à ANVISA, caberá retirar o medicamento do mercado!

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