A Necessidade da Erradicação dos Vetores Transmissores da Dengue e da Febre Amarela no Brasil
The Need of the Eradication of the Vectors Transmissive of the Dengue and of the Yellow fever in Brazil
"Importante enfocar o fato de que nem todos fazem sorologias e, neste caso, esse indivíduo não faz parte das estatísticas da OMS".
Analisando as perspectivas, com base nos últimos vinte anos, os prognósticos não são bons, sendo necessário uma urgente reciclagem tanto nos conceitos errôneos sobre a utilização do UBV e sua efetiva eficiência, desde que haja o uso correto de dosagens, velocidade, horários, produto e, importantíssimo: as aplicações deverão ser realizadas entre 12 a 15 dias em todas as ruas, todos os bairros dos municípios, durante 03 meses, com a observação do efeito na densidade do vetor, que com estas medidas deverá reduzir até não serem encontrados nem formas imaturas nem o vetor adulto.
A abordagem em artigos científicos (e na imprensa em geral) sobre o manejo e controle do Aedes aegypti gera controvérsias, que, apenas colaboram com a proliferação destes vetores. Faz-se urgente uma efetiva reciclagem nas teorias, pois se enfocarmos o que vem ocorrendo nos últimos anos após tal controle ter sido descentralizado (transferindo aos estados e municípios esta responsabilidade), com as verbas destinadas não sendo efetivamente controladas, somando-se à falta de capacitação de profissionais, vê-se facilitado o aumento incontrolável do vetor, causando grande impacto na saúde pública.
“População exige o fumacê, mas desconhece que o produto é perigoso e não detém o avanço da dengue”...
Vamos analisar essa declaração:
1 - Todo produto, seja sabão em pó, detergente, álcool, gasolina, spray de inseticida doméstico, e mais uma infinidade de produtos de uso diário, manuseados de forma incorreta, podem causar graves acidentes e danos irreversíveis.
2 - Alguns que se dizem técnicos e estão por ai apregoando que o produto faz mal, aparentemente sequer devem ter olhado o MANUAL DA FUNASA; imagine se leram que determina o uso do UBV (Ultra Baixo Volume), que explica as normas e técnicas corretas para o uso do “fumacê”, o qual elimina o inseto adulto se usado da forma correta!
3 - Em determinada cidade, os funcionários lavaram paredes com o produto, se intoxicando de forma grave, e a todas as pessoas que trabalhavam no local, pois ele é para ser aplicado com o aparelho de UBV, de onde saem micro-gotículas, isto é, uma nuvem de minúsculas gotinhas; além disto, com a desculpa do calor, não utilizam os equipamentos de segurança adequados (macacão, luvas, óculos de proteção, etc.); fumam durante a aplicação e, pior, depois continuam com a mesma roupa usada, o dia todo.
4 - O Depto. de Vigilância Epidemiológica e Sanitária deve, no mínimo, consultar um engenheiro agrônomo, profissional habilitado para trabalhar com dosagens e técnicas de aplicação; capacitar funcionários, sob orientação do agrônomo, obedecer as regras de segurança e criar escalas de trabalho para estes seis meses críticos da dengue (outubro a março).
5 - Este trabalho deve seguir rigorosamente as normas técnicas, número de aplicações, dias e horários, durante os seis meses, em cada rua, em cada bairro da cidade.
A falta de capacitação, o desconhecimento do material adequado, isto, sim, pode causar problemas graves e até mesmo matar. A substituição do inseticida correto por outro adequado a baratas, acabou intoxicando os funcionários, no local onde foi aplicado erradamente, matando baratas, grilos e outros insetos. Só os mosquitos permaneceram vivos, sem serem afetados...
É importante a visita dos agentes? Pode ser. Mas deve ser uma vistoria bem feita, nunca superficial. E quem vistoria e limpa os terrenos baldios (e são muitos, com lixo acumulado)? Mas usando da lógica, se eliminar os mosquitos adultos, de forma correta, não deverá sobrar fêmeas de Aedes aegypti para depositar ovos por ai.
Já faz um bom tempo que nos tornamos reféns do descaso, da omissão, do empurra-empura, onde a Saúde Pública transfere suas obrigações para a população e parte dela cuida e mantém limpos os locais de risco, mas é importante frisar que basta uma casa com a caixa d’água sem tampa para infestar o bairro todo e outros bairros próximos.
Já se passaram 20 anos desde o retorno deste vetor; milhões de pessoas foram infectadas e reinfectadas, com milhares de mortes ocorrendo.
O Brasil poderia adotar as medidas corretas de aplicação do UBV, inclusive utilizando o óleo misturado ao produto e se tornar o modelo para os países vizinhos, no combate e erradicação do vetor. Uma das explicações dadas pelos que se mantém contra o uso do UBV é que irá matar pássaros e borboletas...
Mas Cuba utiliza o UBV e é lá que encontramos o espécime de beija flor menor do mundo.
Milhares de pessoas morrem, anualmente, de dengue. Então é importante, é necessário reavaliar a relação custo-benefício da utilização do fumacê, com o inseticida eficiente.
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
1- Tauil, Pedro Luiz Perspectives of Vector Borne Diseases Control in Brasil
Revista Brasileira da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3)275-277mai-jun 2006
2-Ministério da Saúde-Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6ª edição Brasília, 2005.
Bia Lopes 05—1-2007.
3-Franco O. A História da Febre Amarela no Brasil. Ministério da Saúde. Brasília, 1969.
4-Gubler DJ. Dengue and dengue haemorrhagic fever: its history and resurgence as global health problem. CAB International, New York, p.1-22,1997.
The Need of the Eradication of the Vectors Transmissive of the Dengue and of the Yellow fever in Brazil
"Importante enfocar o fato de que nem todos fazem sorologias e, neste caso, esse indivíduo não faz parte das estatísticas da OMS".
Analisando as perspectivas, com base nos últimos vinte anos, os prognósticos não são bons, sendo necessário uma urgente reciclagem tanto nos conceitos errôneos sobre a utilização do UBV e sua efetiva eficiência, desde que haja o uso correto de dosagens, velocidade, horários, produto e, importantíssimo: as aplicações deverão ser realizadas entre 12 a 15 dias em todas as ruas, todos os bairros dos municípios, durante 03 meses, com a observação do efeito na densidade do vetor, que com estas medidas deverá reduzir até não serem encontrados nem formas imaturas nem o vetor adulto.
A abordagem em artigos científicos (e na imprensa em geral) sobre o manejo e controle do Aedes aegypti gera controvérsias, que, apenas colaboram com a proliferação destes vetores. Faz-se urgente uma efetiva reciclagem nas teorias, pois se enfocarmos o que vem ocorrendo nos últimos anos após tal controle ter sido descentralizado (transferindo aos estados e municípios esta responsabilidade), com as verbas destinadas não sendo efetivamente controladas, somando-se à falta de capacitação de profissionais, vê-se facilitado o aumento incontrolável do vetor, causando grande impacto na saúde pública.
“População exige o fumacê, mas desconhece que o produto é perigoso e não detém o avanço da dengue”...
Vamos analisar essa declaração:
1 - Todo produto, seja sabão em pó, detergente, álcool, gasolina, spray de inseticida doméstico, e mais uma infinidade de produtos de uso diário, manuseados de forma incorreta, podem causar graves acidentes e danos irreversíveis.
2 - Alguns que se dizem técnicos e estão por ai apregoando que o produto faz mal, aparentemente sequer devem ter olhado o MANUAL DA FUNASA; imagine se leram que determina o uso do UBV (Ultra Baixo Volume), que explica as normas e técnicas corretas para o uso do “fumacê”, o qual elimina o inseto adulto se usado da forma correta!
3 - Em determinada cidade, os funcionários lavaram paredes com o produto, se intoxicando de forma grave, e a todas as pessoas que trabalhavam no local, pois ele é para ser aplicado com o aparelho de UBV, de onde saem micro-gotículas, isto é, uma nuvem de minúsculas gotinhas; além disto, com a desculpa do calor, não utilizam os equipamentos de segurança adequados (macacão, luvas, óculos de proteção, etc.); fumam durante a aplicação e, pior, depois continuam com a mesma roupa usada, o dia todo.
4 - O Depto. de Vigilância Epidemiológica e Sanitária deve, no mínimo, consultar um engenheiro agrônomo, profissional habilitado para trabalhar com dosagens e técnicas de aplicação; capacitar funcionários, sob orientação do agrônomo, obedecer as regras de segurança e criar escalas de trabalho para estes seis meses críticos da dengue (outubro a março).
5 - Este trabalho deve seguir rigorosamente as normas técnicas, número de aplicações, dias e horários, durante os seis meses, em cada rua, em cada bairro da cidade.
A falta de capacitação, o desconhecimento do material adequado, isto, sim, pode causar problemas graves e até mesmo matar. A substituição do inseticida correto por outro adequado a baratas, acabou intoxicando os funcionários, no local onde foi aplicado erradamente, matando baratas, grilos e outros insetos. Só os mosquitos permaneceram vivos, sem serem afetados...
É importante a visita dos agentes? Pode ser. Mas deve ser uma vistoria bem feita, nunca superficial. E quem vistoria e limpa os terrenos baldios (e são muitos, com lixo acumulado)? Mas usando da lógica, se eliminar os mosquitos adultos, de forma correta, não deverá sobrar fêmeas de Aedes aegypti para depositar ovos por ai.
Já faz um bom tempo que nos tornamos reféns do descaso, da omissão, do empurra-empura, onde a Saúde Pública transfere suas obrigações para a população e parte dela cuida e mantém limpos os locais de risco, mas é importante frisar que basta uma casa com a caixa d’água sem tampa para infestar o bairro todo e outros bairros próximos.
Já se passaram 20 anos desde o retorno deste vetor; milhões de pessoas foram infectadas e reinfectadas, com milhares de mortes ocorrendo.
O Brasil poderia adotar as medidas corretas de aplicação do UBV, inclusive utilizando o óleo misturado ao produto e se tornar o modelo para os países vizinhos, no combate e erradicação do vetor. Uma das explicações dadas pelos que se mantém contra o uso do UBV é que irá matar pássaros e borboletas...
Mas Cuba utiliza o UBV e é lá que encontramos o espécime de beija flor menor do mundo.
Milhares de pessoas morrem, anualmente, de dengue. Então é importante, é necessário reavaliar a relação custo-benefício da utilização do fumacê, com o inseticida eficiente.
BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS
1- Tauil, Pedro Luiz Perspectives of Vector Borne Diseases Control in Brasil
Revista Brasileira da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3)275-277mai-jun 2006
2-Ministério da Saúde-Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6ª edição Brasília, 2005.
Bia Lopes 05—1-2007.
3-Franco O. A História da Febre Amarela no Brasil. Ministério da Saúde. Brasília, 1969.
4-Gubler DJ. Dengue and dengue haemorrhagic fever: its history and resurgence as global health problem. CAB International, New York, p.1-22,1997.
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