Embora o TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO – TCU – tenha realizado investigações sobre a maneira que estão sendo empregadas as verbas destinadas ao controle e erradicação de insetos vetores, estados e municípios continuam com a mesma ineficaz e ultrapassada metodologia.
O uso de inseticida inadequado na eliminação de mosquitos permanece, haja vista os milhares de casos ocorrendo pelo Brasil afora.
Posso me tornar ‘chata’ para alguns ‘especialistas’, que insistem (por quê?) na manutenção de suas ações, mas não vou parar de questionar até ocorrerem às mudanças necessárias.
O uso do princípio ativo Malathion (organofosforado) manteve o Brasil durante muitos anos livre dessas doenças, que, hoje, estão dominando o país: Dengue, Leishmaniose e outras.
Ocorreram acidentes envolvendo inseticidas? Sim! A falta de maior orientação sobre os riscos, o descuido por parte de funcionários aliado a dificuldades tais como o fato do trabalho ser realizado em regiões distantes de suas residências, oportunizaram tais acidentes. Muitas vezes o servidor, depois de trabalhar o dia todo, permanecia com a mesma roupa e, pior, se acomodava sobre as embalagens do inseticida para descansar?!!!
Mas isto hoje não serve como ‘desculpa’ para continuar usando produtos que, além de efeito negativo (caso surtisse efeito não viveríamos surtos epidêmicos), provocam graves reações em diferentes indivíduos.
E, também, me desculpem os ‘ecos-chatos’, mas questionar o uso do inseticida para beneficiar a população do país e permanecer calados frente às milhares de toneladas de agrotóxicos pesados usados na agricultura? Façam o favor!
O uso correto do inseticida durante o período necessário, o controle entomológico, sim, é importantíssimo, pois ao surgimento do primeiro inseto devem-se tomar as medidas imediatas para a eliminação, pois sabemos perfeitamente que basta uma fêmea Aedes aegypti para infestar um bairro, inicialmente, se alastrando posteriormente para toda uma cidade.
O Mato Grosso do Sul, onde teve início uma explosiva epidemia em 2007/2008, está agora, em 2009, passando outra grande epidemia: trata-se de pessoas que estão passando a primeira dengue (se pesquisarmos encontraremos muitas crianças entre os infectados) e outros que tiveram a doença anteriormente (2005) e hoje estão sendo reinfectados.
O que podemos concluir analisando este novo surto do Mato Grosso do Sul: FALHA NO CONTROLE DO VETOR! USO DE INSETICIDAS ERRADOS! E ISSO É PELO BRASIL TODO!
(desculpem por que estou ‘gritando’)... Mas preciso ser ouvida!
Sei que minhas denúncias e pedidos de providências estão em andamento... Mas quantos irão ainda morrer até que as medidas corretas sejam implantadas? É urgência, sim!
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Um comentário:
Dra Beatriz veja a situação da Bahia com 55 mortes até recentemente. Até quando conviveremos com esse descalabro?
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